28 janeiro 2010

Reverência e Aversão Perante a Palavra de Deus


"...Venero a palavra de Deus, pois amo a sua força poética. Abomino a palavra de Deus, pois odeio a sua crueldade. Este amor é um amor difícil, pois tem que distinguir constantemente entre o brilho das palavras e a subjugação verborrágica a uma divindade presumida. Este ódio é um ódio difícil, pois como é que podemos nos permitir odiar palavras que fazem parte da própria melodia da vida nessa parte da Terra? Palavras que para nós foram dadas como finais, quando começamos a pressentir que a vida visível não pode ser toda a vida? Palavras sem as quais não seríamos aquilo que somos."
 "Como podemos ser felizes sem a curiosidade, sem questionamentos, dúvidas e argumentos? Sem o prazer de pensar? As duas palavras que são como um golpe de espada que nos decapita não significam nada menos senão a exigência de vivenciar nossos sentimentos e nossas ações contra o nosso pensar, são um convite para uma dilaceração ampla, a ordem de sacrificar precisamente o núcleo da felicidade: a harmonia interior e a concordância interna de nossa vida."
"Em sua onipresença, o Senhor é alguém que nos observa dia e noite, que a cada hora, cada minuto, cada segundo registra nossas ações e nossos pensamentos, nunca nos deixa em paz, nunca nos permite um momento sequer em que possamos estar a sós conosco. Mas o que é um ser humano sem segredos? Sem pensamentos e desejos que apenas ele próprio conhece?...Deus, nunca percebeu que, com sua desenfreada curiosidade e sua repugnante indiscrição, nos rouba uma alma que, ainda por cima, deve ser imortal?"
"Quem é que realmente quer ser imortal? Quem quer viver por toda a eternidade? Como deve ser tedioso e vazio saber que não tem a menor importância o que acontece hoje, este mês, este ano, pois ainda sucederão infinitos dias, meses, anos. Infinitos no sentido literal da palavra....Por que e que o Senhor, Deus onisciente, não sabe disso? Por que nos ameaça com uma imortalidade que só poderia significar um vazio insuportável?"
Leio o texto na integra...   

27 janeiro 2010

Onipotência, milagre e vida.


"...Eu creio em milagres, mas não espero por eles; celebro a onipotência, mas recuso-me a apelar para qualquer força que me dê vantagem sobre os outros; não nego a soberania de Javé, mas não acredito que a vida esteja presa a trilhos inexoráveis; oro, mas não entendo que a função da prece se restrinja a “conseguir mais bênção."
Ricardo Gondim
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26 janeiro 2010

Quem não vai pelo amor vai pela dor?

Pergunta:
Obrigado por me dar um retweet sobre como escrever aqui. Vamos lá sabemos que segundo o livro de Ezequiel no cap 18 Deus fala que não tem prazer na morte do ímpio mas antes que ele se converta e viva!
Tenho visto muitas pessoas se afastando da presença de Deus e ouço algumas pessoas soltando uma frase "A se não vier pelo amor, vem pela dor" essa expressão é biblicamente correta ou só ressoa como uma das milhares heresias que ouvimos por ai?
No amor de Cristo.
 
Resposta:
Deus realmente pode atuar dessa forma. Mas não seria nada absurdo porque Ele é nosso dono e pode todas as coisas. Existem milhares de testemunhos de pessoas que agradecem problemas físicos porque através destes encontraram poderosamente com Jesus.
Depois que o véu foi rasgado, estamos permanentemente no santo dos santos, então tudo o que fizermos de errado, atinge Deus e causa uma reação dele para nos alertar do perigo que corremos o ignorando e em sua insondável sabedoria e amor ele entende que é melhor que entremos no reino sem um olho do que ir para o inferno completos. Sem fatalismo...
 
OBS: Isso não é padrão no "modus operandis" de Deus.
Fonte:http://marciodesouza.blogspot.com
 
MEU COMENTÁRIO: 
 Não creio em Deus assim. Como pode ser isso? Um Deus que preza pela liberdade humana, não pode forçar ninguém a andar com Ele, nem por amor, nem pela dor.
Não consigo imaginar um Deus que para ter alguém perto dele, crie situações como doença, para concretizar este plano maquiavélico.
Acho que concordando com o pensamento de "quem não vai pelo amor vai pela dor" estamos abrindo mão de um Deus de amor e justiça, e estamos criando um Deus ditador e egoísta.
Ouço varias pessoas dizendo que Deus pesou a mão sobre fulano e sicrano e só depois disso ele se arrependeu. Uns até ameaçam dizendo “cuidado que Deus pode pesar a mão sobre você”. Isso dá a impressão de um Deus vingativo do tipo que fica jogando raio na cabeça de quem Ele acha que não esta seguindo as “normas”.
E essa questão de que Deus não pesou, mas apenas permitiu o demo pentelhar a pessoa, dá na mesma. Ou seja, se eu não posso fazer, por causa dos meus padrões éticos, etc. e tal, então contrato alguém para fazer o serviço para mim? É mais ou menos assim que soa uma crença no "quem não vai pelo amor vai pela dor".
Os infortúnios que pode acontecer com uma pessoa que se desvia, são os mesmo que pode acontecer com que estiver com na presença de Deus, isso é só questão de como olhamos as coisas. Não podemos fazer vistas grossas e olhar somente um lado da situação. Basta lembrar que pode acontecer também de alguém se desviar, e a partir daí se tornar uma pessoa bem sucedida na vida, considerando os padrões que estamos falando de “peso da mão de Deus”.
A partir do momento que Deus por livre e espontânea vontade concedeu o livre arbítrio ao homem concedeu também a escolha do homem não querer anda com Ele.

20 janeiro 2010

Deus e o Tsunami

Texto do discurso do Pr.Tom Honey
Video na íntegra: http://www.ted.com/talks/tom_honey_on_god_and_the_tsunami.html

Eu sou um vigário da Igreja da Inglaterra. Eu já sou vigário há 20 anos. Na maior parte do tempo, eu venho lutando e me abraçando com perguntas a respeito da natureza de Deus. Quem é Deus? E eu sei muito bem que quando você fala a palavra Deus, muita gente vai se fechar imediatamente. E a maioria das pessoas, dentro e fora da igreja organizada, ainda tem uma imagem de um controlador celestial um fazedor de regras, um policial no céu que manda em tudo e que faz tudo acontecer. Ele vai proteger o seu povo, e vai responder às preces dos crentes.


E na adoração da minha igreja, o adjetivo mais frequentemente usado a respeito de Deus é "todo poderoso". Mas eu tenho um problema com isso. Eu tenho ficado cada vez mais incomodado com essa percepção de Deus ao longo dos anos. Será que a gente acredita mesmo nesse tipo de Deus chefão que nós viemos mostrando nas nossas liturgias e louvores ao longo dos anos?

É claro, existiram pensadores que tem sugerido maneiras diferentes de olhar para Deus. Explorando o lado feminino e cuidadoso da divindade. Sugerindo que Deus expressa-se através da impotência ao invés do poder. Reconhecendo que Deus é desconhecido e incompreensível por definição. Encontrando profundas ressonâncias com outras religiões e filosofias e maneiras de olhar para a vida como parte dessa global e universal busca por sentido. Essas idéias são bem conhecidas nos círculos acadêmicos liberais, mas os cléricos como eu tem sido relutantes em divulgá-las, por medo de criar uma tensão ou divisão nas comunidades de nossa igreja; por medo de aborrecer a fé simples dos crentes mais tradicionais Eu escolhi não agitar muito as coisas.

Então, em 26 de dezembro do ano passado, apenas dois meses atrás, um terremoto sub-aquático deflagrou o tsunami. E duas semanas depois, numa manhã de domingo, 9 de janeiro, eu estava de frente para minha congregação -- gente Cristã inteligente, bem intencionada, esclarecida -- e eu precisava expressar, em nome deles, nossos sentimentos e nossos questionamentos. Eu tinha minhas respostas pessoais, mas eu também tinha um papel público, e algo precisava ser dito. E foi isso o que eu disse.

Logo após o tsunami eu li um artigo num jornal escrito pelo Arcebispo de Canterbury -- belo cargo -- a respeito da tragédia no sul da Ásia. Em essência o que ele dizia era isso: Que as pessoas mais afetadas pela devastação e perda de vidas não precisavam de teorias intelectuais a respeito de como Deus deixou que isso acontecesse. Ele escreveu, "Se algum gênio religioso vier com uma explicação de como exatamente todas essas mortes fazem sentido, será que vamos nos sentir mais felizes, mais seguros ou mais confiantes em Deus?"

Se o homem na foto que apareceu nos jornais, segurando a mão de seu filho morto estivesse em pé a nossa frente agora, não ia ter palavras que nós pudéssemos dizer a ele. Uma resposta verbal não seria apropriada. A única resposta apropriada seria um silêncio com compaixão e algum tipo de ajuda prática. Não é o momento de uma explicação, ou de pregação ou de teologia. É um momento para lágrimas.

É verdade. E ainda assim, aqui estamos, minha igreja em Oxford, meio que desligados dos eventos que aconteceram bem longe daqui, mas com a nossa fé arranhada. E nós queremos uma explicação de Deus. Nós exigimos uma explicação de Deus. Alguns chegaram a conclusão que só podemos acreditar num Deus que compartilha a nossa dor. De algum jeito, Deus deve sentir a angústia, e a mágoa, e a dor física que nós sentimos. De algum jeito, o Deus eterno deve ser capaz de entrar na alma dos seres humanos e experimentar o tormento que tem lá dentro. E se isso for verdade, então Deus também conhece o júbilo e a exaltação do espírito humano. Nós queremos um Deus que possa chorar junto com aqueles que choram, e rejubilar-se com aqueles que se rejubilam.

Isso parece-me ao mesmo tempo uma manifestação profundamente tocante e convincente da crença cristã em Deus. Por centenas de anos, a ortodoxia prevalecente, a verdade geralmente aceita, era que Deus Pai, o Criador, é imutável e portanto, por definição, não pode sentir dor ou tristeza. Agora o Deus imutável me parece um tanto frio e indiferente para mim. E os eventos devastadores do século XX forçaram as pessoas a questionarem esse Deus frio, insensível. O assassinato de milhões nas trincheiras e nos campos de extermínio levaram as pessoas a questionar, onde está Deus diante disso tudo? Quem é Deus nisso tudo?

E a resposta era, "Deus está conosco, ou Deus não merece mais nossa submissão." Se Deus é um espectador, que observa mas não se envolve, então Deus pode até existir, mas nós não queremos saber dele. Muitos judeus e cristãos sentem-se assim agora, eu sei. Estou entre eles.

Então nós temos um Deus que sofre. Um Deus que está intimamente conectado com esse mundo, e com cada alma vivente. Eu me identifico com essa idéia de Deus. Mas não é suficiente. Eu preciso fazer mais perguntas, e eu espero que estas sejam questões que alguns de vocês também queiram fazer. .

Ao longo das últimas semanas eu fui afetado pelo número de vezes que as palavras em nosso louvor pareciam um tanto inapropriadas, um pouco conversa mole. Nós temos uma missa na praça nas manhãs de terça-feira para mães e seus filhos em idade pré-escolar. E na semana passada nós cantamos com as crianças um dos hinos favoritos, "O Sábio construiu sua casa sobre a rocha." Talvez alguns de vocês conheçam. A letra diz algo mais ou menos assim: "O homem tolo construiu sua casa sobre a areia/ e as cheias vieram/E a casa sobre a areia ruiu." Então, na mesma semana, num funeral, nós cantamos o familiar hino "Nós aramos a terra e espalhamos", um hino bem Inglês. No segundo verso temos "O vento e as ondas obedecem a Ele." Será que obedecem? Eu não acho que podemos cantar essa canção de novo numa igreja, depois do que aconteceu.

Então a primeira grande pergunta é a respeito de controle. Será que Deus tem um plano para cada um de nós? Deus está no controle? Deus ordena cada momento? Será que os ventos e as ondas obedecem a Ele? De tempos em tempos, ouvimos cristãos contando histórias de como Deus organizou as coisas para eles, para que tudo terminasse bem. Alguma dificuldade superada, alguma doença curada, algum problema evitado, uma vaga de estacionamento encontrada num momento crucial. Me lembro de uma mulher dizendo para mim, com seus olhos brilhando de entusiasmo com a maravilhosa confirmação de sua fé e da bondade de Deus.

Mas se Deus é capaz de fazer ou se fará essas coisas -- intervir para mudar o fluxo dos eventos -- então ele com certeza poderia ter parado o tsunami. Será que temos um Deus local que pode fazer pequenas coisas como achar uma vaga no estacionamento mas não coisas grandes como uma onda de 800km/h? Isso simplesmente não é aceitável para cristãos inteligentes, e nós temos que reconhecer isso. Ou Deus é responsável pelo tsunami, ou Deus não está em controle.

Depois da tragédia, histórias de sobrevivência começaram a aparecer. Você provavelmente ouviu algumas delas. Um homem que surfou a onda. Uma adolescente que percebeu o perigo porque ela tinha acabado de aprender sobre tsunamis na escola. E teve aquela congregação que saiu do prédio usual da igreja a beira-mar para fazer a missa nas colinas. O pastor ministrou um sermão extra longo, de modo que eles ainda estavam fora de perigo quando a onda veio. Depois alguém disse que Deus devia estar olhando por eles.

Então a próxima pergunta é sobre parcialidade. Podemos merecer os favores de Deus por adorá-lo ou acreditar nele? Será que Deus demanda lealdade, como um tirano medieval? Um Deus que olha pelos seus filhos, de modo que os cristãos ficam OK, enquanto todos os outros perecem? Um "nós x eles" cósmico, um Deus que é culpado do pior tipo de favoritismo? Isso seria apavorante, e esse seria o ponto em que eu cancelaria a minha afiliação. Tal Deus seria moralmente inferior aos mais altos ideais da humanidade.

Então, quem é esse Deus senão o grande marionetista ou o protetor tribal? Talvez Deus permita que tais coisas aconteçam para que o heroísmo e a compaixão possam ser demonstrados. Talvez Deus esteja testando a gente: testando nossa caridade, ou nossa fé. Talvez haja um grande plano cósmico que permita sofrimento horrível para que tudo fique OK no fim. Talvez, mas essas idéias são apenas variações sobre o tema de Deus controlando tudo. Um comandante supremo brincando com unidades descartáveis numa grande campanha. Nós ainda ficamos com um Deus que pode fazer um tsunami e permitir Auschwitz.

No seu grande romance, "Os irmãoz Karamazov", Dostoevsky dá essas falas a Ivan, quando ele fala a seu ingênuo e devotado irmão mais novo, Alyosha: "Se o sofrimento de crianças entra na soma de sofrimentos necessários para a compra da verdade, então eu digo logo que toda a verdade não vale esse preço. Não podemos pagar tão caro por essa entrada. Não é a Deus que eu não aceito. Eu meramente, e muito respeitosamente, devolvo a Ele o ingresso."

Ou talvez Deus pôs o mundo a funcionar no começo e depois renunciou ao controle, para sempre, para que os processos naturais pudessem ocorrer e a evolução seguisse seu curso. Parece mais aceitável, mas ainda assim deixa para Deus a responsabilidade moral final. Será que Deus é um espectador frio e insensível? Ou um amante impotente, assistindo com uma compaixão infinita as coisas que Deus é incapaz de controlar ou alterar? Será que Deus está intimamente envolvido no nosso sofrimento, de modo que Ele sente em Seu próprio ser?

Se acreditarmos nisso, temos que abandonar completamente o marionetista, tirar umas férias do controlador todo-poderoso, abandonar os modelos tradicionais. Precisamos pensar novamente sobre Deus. Talvez Deus não faça coisa alguma. Talvez Deus não seja um agente assim como nós somos agentes. O pensamento religioso mais antigo concebia Deus como um tipo de pessoa super-humana, fazendo coisas em todo os lugares. Derrotando os egípcios, afogando-os no Mar Vermelho, devastando cidades, ficando com raiva. O povo conhecia seu Deus através de seus atos poderosos.

Mas e se Deus não age? E se Deus não faz coisa alguma? E se Deus estiver nas coisas? A alma amorosa do universo. Uma presença piedosa que habita e sustenta todas as coisas. E se Deus estiver nas coisas? Na infinitamente complexa rede de relações e conexões que constituem a vida. No ciclo natural de vida e morte, na criação e destruição que devem acontecer continuamente. No processo de evolução. Na incrível e magnífica complicação do mundo natural. No inconsciente coletivo, a alma da raça humana. Em você, em mim; mente, corpo e espírito. No tsunami, nas vitimas. No âmago das coisas. Na presença e na ausência. Na simplicidade e na complexidade. Na mudança, no desenvolvimento e no crescimento.

Como essa permeabilidade, essa penetração, essa interioridade de Deus funciona? É difícil de conceber e clama por mais perguntas. Será Deus apenas outro nome para o universo, sem existência independente alguma? Eu não sei Até onde podemos atribuir uma personalidade a Deus? Eu não sei No fim, temos que dizer, "Eu não sei." Se soubéssemos, Deus não seria Deus.

Ter fé nesse Deus seria mais como confiar numa benevolência essencial no universo, e menos como acreditar num sistema doutrinário de afirmações. Não é irônico que os cristãos afirmem acreditar num ser infinito, desconhecido, e depois limitem Deus a um sistema fechado e a doutrinas rígidas?

Como alguém pode praticar essa fé? Através da busca do Deus interior. Cultivando minha própria interioridade. Em silêncio, em meditação, no meu interior, no meu eu que sobra quando eu gentilmente coloco de lado as emoções passageiras, idéias e preocupações. Na conscientização dessa conversa interior.

E como é que poderíamos viver essa fé? Como eu poderia viver essa fé? Buscando uma conexão íntima com nossa essência. O tipo de relacionamento que o profundo fala ao profundo. Se Deus está em todas as pessoas, então existe um ponto de encontro onde a minha relação com você se torna um encontro a três. Existe uma saudação indiana, que eu tenho certeza que alguns de vocês conhecem: "Namastê", acompanhada de uma respeitosa reverência, que traduzida rusticamente significa "O Deus que há em mim saúda o Deus que há em você." Namastê.

E como alguém pode aprofundar essa fé? Buscando a essência que há em todas as coisas. Na música e poesia, no mundo natural de beleza e nas coisas simples da vida existe uma presença profunda que as habita e que as torna excepcionais. Isso requer uma uma atenção profunda e uma espera paciente. Uma atitude comtemplativa, uma generosidade e abertura e aqueles cujas experiências são diferentes das nossas.

Quando eu me levantei para falar para a minha paróquia a respeito de Deus e do tsunami, Eu não tinha respostas para oferecer a eles. Nenhum pacote pronto, com referências bíblicas para prová-lo. Apenas dúvidas, questionamentos e incertezas. Eu tinha algumas sugestões a dar -- novas maneiras de pensar sobre Deus. Maneiras que podem nos permitir prosseguir ao longo de uma nova e desconhecida estrada. Mas no fim, a única coisa que eu podia dizer com certeza era "Eu não sei," e esta pode ser a mais profunda declaração religiosa de todas.

19 janeiro 2010

Como se Deus não existisse

..."só seria possível resgatar a mensagem de Jesus Cristo, caso a religião abrisse mão de suas hierarquias institucionais, demitisse elites, democratizasse o acesso a Deus, e esvaziasse os rituais da função de serem técnicas para se obter bênçãos. É importante que repensemos a fé, seguindo o exemplo de Jesus que viveu sem precisar de milagres e morreu sem apelar para os anjos. Iguais a ele, precisamos viver sem os cabrestos da religião e sem as intervenções de Deus.
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Por Paulo Brabo


COMENTARIO: Será que o sistema permitiria autodestruir-se? E os séculos de tradição? E o poder alcançado? E os megatemplos? Ficaria tudo para trás?
As vezes penso que toda essa idéia de uma nova reforma não passa de uma utopia.

11 janeiro 2010

Indignação

"Hoje, teologias deturpadoras do evangelho geram uma cultura religiosa trinfalista que anestesia as pessoas e as torna incapazes de ver seus proprios erros…

…Com isso, as igrejas evangélicas deixaram há muito tempo de ser sal e luz na sociedade brasileira. São percebidas como mais um segmento a lutar pelo próprio sucesso, pela defesa de seus interesses corporativos, e não pelo bem da coletividade.”

Alderi Souza de Matos – Rev. Ultimato

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