22 outubro 2010

Missão integral

Texto de Arlen Rodrigues

Uma revista Cristã abordava um tempo atrás que os males sociais são frutos do pecado, porém o pecado estrutural – má distribuição de renda, saúde publica precária, educação básica ineficiente.

Este tem sido o tema corrente na missão integral. O evangelho tem por missão oferecer uma resposta para essa sociedade em crise e construir um mundo mais justo anunciando a chegada do reino de Deus, juntamente com exercício cidadão, aliando os valores cristão sem abrir mão da nossa vocação profissional e talentos naturais.

Entretanto essa onda evangélica de triunfalismo quer resolver quase tudo somente com  oração, intercessão nas ruas mais violentas da comunidade, unção nos pontos com alto índice de prostituição e estendendo a mão na direção da sua casa. Isto é apenas uma crendice que desacredita o bom senso. Eu vejo que o chamado a fé envolve muito mais do que orar pelos perdidos, impor mão, e fazer catequese.

Eu gostei muito de uma frase que eu ouvi hoje que diz, "Ensinamos o que sabemos,e multiplicamos quem somos". Nós cristãos temos que rever o que realmente somos, fazer uma auto análise da verdade que estamos passando, e qual estamos vivenciando. A verdade das igrejas-empresas a serviço do ego e da lógica da competição dita pelo deus mercado? Ou a verdade do reino de Deus, que a lógica é a cooperação que compartilha a miséria alheia?

O serviço cristão pode ser feito sem abrir mão da carreira profissional, visão empreendedora, dos talentos, seja a lógica-matemática, artes ou serviço social voluntario, tudo pode ser colocado a disposição do reino de Deus.

Ouvia uma apresentação do pastor Kivitz quando dizia que em vez de enviar missionários para a África, seria  melhor enviar um empreendedor para desenvolver negócios, gerar receitas, empregos, médicos para cuidar dos doentes, engenheiros agrônomos para ensinar técnicas de plantio, educadores e dentistas, dessa maneira diminuiria com eficácia a pobreza do mundo.

A igreja não tem colocado em pauta os novos desafios da atualidade como a preocupação com o meio ambiente e desenvolvimento sustentável, poucos cristão atentaram que relacionar bem com o meio ambiente, consigo mesmo, com Deus e o próximo, é tão cristão que a missão de Adão no Éden era cuidar da terra.

Por isso é interessante a missão integral, Deus age através de nós em favor dessa humanidade não somente quando oramos e jejuamos, a nossa formação profissional, talentos e personalidade pode devolver aquilo que Deus tem nos confiado a essa sociedade talvez de modo mais eloqüente que meras palavras, que traz apenas uma falsa sensação de espiritualidade sadia.

20 outubro 2010

A idiotice impera

A idiotice impera entre os crentes em época de eleição!!!!!!! O que me irrita também é que a moçada crente engole qualquer proposta e imposição dita eclesiástica, quando o pastor ou líder, ou algo que o valha, faz campanha política deslavada e desmedida sobre o púlpito de candidato-chefe denominacional que não quer largar a teta pública do congresso, sem mostrar trampo convincente! Cara, tem muita gente ainda engatinha no evangelho, embora esteja fielmente frequente nos bancos e altares das igrejas/templos/ministérios e afins! Que cresçamos em espírito e em verdade, para que nos tornemos amadurecidos no evangelho!!!!!! E tem gente crente que me critica quando não estou nem aí para os interesses e vontades denominacionais do que se ventila ser "igreja", cujo pastor não seja Cristo e sim homo sapiens!!!!!!!!!

Falou e disse meu brother Ricardo Reis via orkut.

18 outubro 2010

ALGUMAS CLAREIRAS (trechos)

Abaixo alguns trechos do artigo que pode ser lido em sua integra aqui.
Tem muita similaridade do que penso:

"Não estamos jogando fora uma teologia e trazendo outra para o seu lugar. Nosso esforço é por aprofundar antigas verdades, por terminar a obra que começamos. Às vezes, para se terminar uma construção se paga um preço mais caro que o imaginado no início do projeto. Às vezes, é mais difícil e exige mais firmeza e coragem concluir um edifício que começá-lo."

"...não conseguimos acreditar em qualquer benção que seja conquistada por tamanho de fé, ou quantidade de oração. Afirmar que Deus abençoou porque se orou muito, ou com força, ou se acreditou mais é negar a Graça de Deus. É chamar Deus de débil em seu amor e misericórdia, ao ponto de precisar de nosso empurrãozinho devocional para amar melhor! O que é inaceitável."

"...Deus não cabe em nossas tradições, em nossos conceitos, em nossa cultura, ou qualquer construção humana. Deus transcende a tudo e a todos."

"Sempre acreditamos que justiça social se faz com ação social e não com campanha de oração ou jejum. Que o faminto é saciado com pão e não com promessas covardes e irresponsáveis de um possível milagre. Curiosamente, as cidades e estados brasileiros onde algumas igrejas que prometem maravilhas e prosperidade mais crescem é justamente onde mais se alastra a miséria social. Na mesma proporção em que cresceram certos grupos religiosos brasileiros, cresceram a injustiça, a violência e a miséria. Caso típico e visível do Rio de Janeiro."

"Sempre nos recusamos a trocar as pessoas por programas ou razões teológicas. Mais importante que um programa ou organização são as pessoas que queremos amar e nelas promover o caráter de Cristo. Mais importante que manter um dogma, ou sustentar uma ortodoxia é acolher as pessoas em seus dramas pessoais.

"Não cremos em um Deus que faz acepção de pessoas ou mesmo se reduz à experiência de um apenas. Se Deus fez ontem, ele pode fazer hoje. Se Deus fez com o americano, faz também com o africano. Se agiu no desabamento de uma casa, age também no Tsunami. Não podemos acreditar que no mesmo instante que o garoto João Hélio, tragicamente assassinado no Rio de Janeiro, filho de um crente a caminho de uma programação de evangelização, foi vítima da violência e, do outro lado do Brasil, alguém divulgue que porque é fiel a Deus no dízimo e nunca sai de casa sem orar, Deus o livrou de um assalto. Esse não é o Deus da Bíblia. O Deus da Bíblia é o que não faz acepção de pessoas. Ama a todos igualmente. Abençoa a todos igualmente.
Por essas razões, temos pregado uma mensagem que inspire as pessoas a levarem a sério sua liberdade (Tg 2.12-13). A não se esconderem por trás de desculpas ou ritos (Gl 6.7-10)."

"...afirmamos que não podemos crer em um futuro que já esteja pronto. E que afirmar que Deus conhece o futuro é o mesmo que afirmar que já está pronto. O que anula nossa liberdade e faz de Deus mentiroso, já que na verdade ele se relaciona conosco num tipo de ‘faz-de-conta’, em que ele já sabe o fim da história, mas finge que não. Deus conhece tudo. Mas o futuro não existe, por isso não pode ser conhecido, porque não há nada para conhecer. O que Deus sabe do futuro não são os fatos, pois eles não existem. O que Deus sabe do futuro é o que Ele soberanamente afirmou que pode ou que vai fazer."
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